No dia 9 de Dezembro realizou-se na base aérea de Monte Real uma visita organizada pela Associação Portugal Spotters. Quando vi o anúncio da visita achei que não ia, por ser muito longe e de não ter possibilidades de ir. Dois dias antes, surgiu o convite. O Mickael e o Fernando perguntaram-me se eu queria ir. Havendo companhia e possibilidade de ir, disse logo que sim. Fizemos a inscrição no mesmo dia, pois era o último dia que o Carlos aceitava as inscrições.
Às 4 horas já estava acordado para tomar o pequeno-almoço. Às 4:45 o Mickael veio buscar-me para irmos ter o Fernando a Faro. Por volta das 5:15 partimos com destino a Monte Real. Foi uma viagem feita “nas calmas” porque decidimos ir mais cedo para termos alguma margem na hora de chegada. Apesar disso, apanhámos em algumas zonas muita chuva e nevoeiro. Pensámos que em Monte Real também tivesse assim.
Chegámos à Porta de Armas às 10 horas aproximadamente. O tempo até estava bom, pouco nublado. Enquanto esperávamos pelo resto do grupo que vinha de Lisboa, começamos logo a tirar fotos a uns aviões que estão perto da vedação: T-33, Fiat G.91, T-38 e A-7 Corsair. Enquanto fotografávamos estes aviões, ouvia-se um motor a funcionar. Só podia ser um F-16, sendo que nesta base estão baseados os F-16 usados pelas duas esquadras da Força Aérea Portuguesa, Esquadra 201 Falcões e 301 Jaguares. Eis que aparece um F-16, sem pintura, apenas com o primário, com registo 15114. Foi fazer um voo de teste depois de ter sido convertido para MLU (Mid-Life Upgrade). O avião descolou, o resto do grupo chegou e entrámos na Base.
Em primeiro lugar fomos para a frente da torre de controlo, onde tínhamos uma taxiway à nossa frente e uma placa do lado esquerdo com um F-16 estacionado. Vimos alguns F-16 a taxiarem para a pista para descolarem. De repente aparece um F-16 a fazer uma low-pass: era o 15114! Conseguimos fotografá-lo de perto e no caso de alguns deu para melhorar o registo, porque tínhamos fotografado do lado de fora
Seguimos para um outro spot, muito perto da pista. Conseguimos ver os F-16 a descolar e ainda dois F-16 belgas a aterrar e a fazer umas low-pass.
Pelas 12 horas fomos conhecer as instalações da esquadra 301 Jaguares. Também houve tempo para saber mais um pouco sobre a história da esquadra. Tivemos acesso a algumas salas de briefings que por razões de segurança não foi permitido tirar fotos. Seguimos então para uma espécie de “tour” pelos stands onde estacionam os F-16 entre o pinhal. Os militares da base fizeram questão de nos levar a um F-16 da Bélgica com uma pintura especial:
A fome já apertava e fomos para o almoço na Messe, pelas 13 horas. Às 14 horas já estávamos nas instalações da esquadra 201 Falcões, onde fomos também conhecer um pouco sobre a esquadra, beber um café, conversar com os pilotos e até comprar algum merchandising relacionado com a esquadra.
Após a visita voltámos ao trabalho. Os militares que nos acompanharam neste dia levaram-nos ao “shelter” onde estava o F-16 da Força Aérea Portuguesa mais bonito, o 15115, conhecido por Sabre. Este F-16 tem uma pintura especial alusiva aos 50 anos da Base Aérea de Monte Real. Tive pena de não o poder fotografar a voar porque por cima este F-16 tem um F-86 Sabre desenhado.
Pelas 14:45 voltámos ao spot ao lado da pista para fotografar mais F-16. Assim que chegámos aterrou o F-16 Belga com a pintura especial, entre outros. Descolagens com ou sem afterburner, em formação e até um TB-30 Epsilon.
Depois de descolarem cerca de 8 F-16 da Força Aérea Portuguesa, regressámos à Porta de Armas para poder fotografar melhor os aviões históricos, o F-16 no Pedestal e a fotografia de grupo.
A visita estava terminada. Mas o dia não. O grupo decidiu ir para a final da pista 19 para fotografar os F-16 a chegarem.
Eram 17:15, a luz era pouca e o pessoal decidiu abalar para suas casas. Foi um dia muito bem passado, diferente. Gosto também da aviação militar e um dos meus aviões preferidos é o protagonista desta visita, o F-16. Devo de agradecer à organização da APS pela possibilidade desta visita e a todo o grupo, em especial ao Mickael e ao Fernando pelo convite inicial e pelo convívio e conversa “extra” durante a viagem.
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